5/5/2016 - Osasco - SP

Alunas da Fito abrem espaço para falar sobre mulher e diversidade

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Osasco

Na quarta-feira, 20/04, alunas da Fito (Fundação Instituto Tecnológico de Osasco) realizaram o primeiro encontro do Coletivo Maria Quitéria. A iniciativa tem como objetivo desenvolver debates entre as meninas e chamar a atenção para o mundo sobre as condições das mulheres na sociedade.

Denominadas Marias, as meninas do Coletivo querem oferecer várias visões sobre os mesmos temas e mostrar o quanto é importante a mulher buscar seu lugar e reconhecimento. “Porque Maria Quitéria, representou todas as mulheres que tiveram vontade de lutar por justiça mas, pelo fato de serem mulheres, foram oprimidas e caladas. Lutamos pela igualdade de gênero e temos certeza de que essa luta precisa ser repassada ao maior número de mulheres possível”, afirma Iolanda Neves, fundadora do grupo, junto a Victória Leonese, ambas alunas do 4º Ano de Mecatrônica.

O primeiro encontro teve como pauta a apresentação do grupo e uma explanação sobre a importância do coletivo dentro da escola. Gabriel Soares, aluno do 4º de Edificações, prestigiou o primeiro encontro. “Fui convidado e estou aqui para apoiá-las. Acho importante debater temas que algumas pessoas tem medo de falar”. Para Beatriz Inajá, fotógrafa e ex-aluna da Fito, quanto mais pessoas participarem maior será o alcance do objetivo proposto. “O homem precisa aprender e querer defender a mulher que está a seu lado, sua mãe, esposa, namorada, amiga, mãe. E a mulher precisa se colocar para os homens de forma mais consciente e decidida”, diz.

Apoio da Diretoria

A diretora geral de ensino da Fito, Marinalva de Oliveira também prestigiou a reunião e ofereceu apoio ao grupo na busca de informações e enriquecimento do debate. “Podemos auxiliar na busca de lideranças atuantes neste segmento para ministrarem palestras e promover uma discussão com maior aprofundamento das questões a serem abordadas”, afirma.
Os encontros serão realizados a cada quinze dias, das 18 às 19h, na sala 31, da Fito e é aberto a todos os interessados.
Na Fito a gente se encontra!

Quem foi Maria Quitéria?

Maria Quitéria de Jesus Medeiros, filha de fazendeiros portugueses, nasceu em Feira de Santana, na Bahia, em 1792. Ela se tornou a heroína mais respeitada de toda a Guerra da Independência quando, vestida de homem e usando o nome do cunhado, José Cordeiro de Medeiros, lutou com valentia na saga baiana para derrotar os colonizadores portugueses e consolidar a independência do Brasil.

Maria Quitéria saiu de casa para lutar no Batalhão dos Periquitos, comandado pelo avô do poeta Castro Alves. Seus pais, embora portugueses, a estimularam e a apoiaram em seus objetivos e patriotismo. Sua valentia e destemor puderam ser confirmados por seus companheiros, entre outras, nas importantes batalhas de Itapuã e Pirajá. Na primeira, por exemplo, Maria Quitéria, ou soldado Medeiros, como era conhecida, invadiu sozinha uma trincheira inimiga e acabou levando dois prisioneiros para o acampamento.

Descoberta sua verdadeira identidade, Maria Quitéria recebeu como prêmio a promoção ao posto de primeiro-cadete. Recebeu também o título de Cavaleiro da Ordem Imperial do Cruzeiro do Sul.

Centenas de mulheres seguiram o seu exemplo e passaram a integrar a Companhia Feminina, criada pelo Exército e comandada por ela. Em Foz do Paraguaçu, Maria Quitéria e suas companheiras, com água até o peito, conseguiram o feito heróico de impedir o desembarque dos inimigos.

Quando os conflitos se aproximaram do centro de Salvador, os colonizadores organizaram a fuga. Na madrugada do dia 2 de julho, Madeira de Melo, comandante português, embarcou 6 mil soldados, 4 mil marinheiros e 2 mil funcionários, em 84 navios e zarpou rumo a Portugal. No mesmo dia de 2 de julho de 1823, ao meio dia, as tropas brasileiras entraram em Salvador. À sua frente estava a heroína Maria Quitéria.